Dragão Volante: matérias, entrevistas e resenhas
O novo disco Dragão Volante foi lançado há um mês e temos alguns bons comentários em publicações musicais. Veja algumas citações e acesse os textos completos nos links!

A primeira resenha propriamente dita saiu na NEWSLETTER SILÊNCIO NO ESTÚDIO no último dia 25, escrita pelo Vinícius Cabral:
[Dragão Volante é] um disco que não somente te abraça (…). Ele também te instiga com a mística do dragão. Que nem sempre é da maldade, mas que também pode ser. O dragão da nossa miséria, da nossa raiva, da nossa urgência de libertação (“do deserto ao mar”). Da nossa música.
Dragão Volante é filho de Corisco, mas se cria em novos ares. Logo para um artista que nem precisava mais se reinventar. Mas que se reinventa lindamente.
Pra finalizar, é preciso dizer que Dragão Volante não é apenas o melhor disco de Bonifrate. É o melhor disco do rock brasileiro de 2024. De longe.
No mesmo dia saiu a crítica do site MÚSICA INSTANTÂNEA, escrita pelo Cleber Facchi:
Da mesma forma que em Corisco, o álbum concebido em parceria com Diogo Santander, companheiro de banda no Supercordas, se divide entre a relação do músico fluminense com o existencialismo cósmico e a realidade. Canções que atravessam planetas, estrelas e galáxias distantes, mas a todo momento retornam ao cotidiano do artista, sempre imerso em questões sentimentais e temas simples que se engrandecem a partir da surpreendente expansão poética detalhada pelo compositor em cada faixa de Dragão Volante.
O MONKEYBUZZ publicou uma entrevista com comentários do André Felipe de Medeiros no dia 13 de novembro. O título da matéria é “A sofisticação rústica de Bonifrate”.
Dragão Volante reflete o pé direito alto do quarto sem forro no teto onde foi gravado. Sua sonoridade é expansiva, mas só até certo ponto. É sofisticada, mas também um tanto rústica. Bonifrate ocupa esse espaço com naturalidade, no conforto de uma zona essencialmente experimental e livre. Não à toa, ele concorda que é seu melhor disco.
O site HITS PERDIDOS publicou uma entrevista no dia do lançamento chamada “Feito um presságio, Bonifrate lança seu sexto disco Dragão Volante”, escrita pelo Rafael Chioccarello:
Não quis explorar algo específico de antemão. As canções foram aparecendo. Mas eu gosto de conceituar esteticamente as coisas, organizar o fluxo da associação de ideias. Esse termo Dragão Volante está associado de alguma forma ao termo Corisco. Parece ter sido uma expressão antiga que em Portugal se referia a um fenômeno atmosférico como uma tempestade de nuvens e raios. Esses fenômenos eram vistos como uma anunciação, um presságio de que algo novo está chegando. Vejo um paralelo com a nossa história recente e o dragão é um símbolo precioso da humanidade. O lugar onde moro há sete anos se chama Sítio do Dragão, então tudo vai convergindo.
Gosto de pensar que esse álbum lança pontes em direção ao último e também ao próximo. Serão três álbuns bem relacionados entre si, meio como uma trilogia.
O álbum foi anunciado na estreia do primeiro single ‘Corisco (Parte 3)’ no site TRABALHO SUJO, do Alexandre Matias:
“’Corisco (Parte 3)’ foi uma das primeiras canções que escrevi depois de lançar o último álbum Corisco, em 2021, e mesmo antes disso, os versos como ‘olha pro rio, viaja no tempo’ já vinham me perseguindo com aquela melodia”, ele me explica, dizendo que a canção foi escrita durante o período de trevas da pandemia e “daquele momento catastrófico da política brasileira que talvez tragam essa obscuridade pra alguns aspectos dos versos”, ele continua. “Mas morando na roça e podendo trabalhar de casa, também pudemos curtir as crianças, as matas, os pássaros e os rios ao redor e uma canção pode ser otimista olhando para cima do fundo do poço. Talvez esse seja o recado.”










