Novo EP Toca do Cosmos disponível para download.
Está disponível para download o novo EP Toca do Cosmos!
O disco é um lançamento da Balaclava Records (www.balaclavarecords.com), e traz quatro canções de amigos compositores (faixas já gravadas pelas bandas Acessórios Essenciais, Filme, Digital Ameríndio e Os Telepatas) e uma versão do próprio Bonifrate.
Você pode baixar gratuitamente pelo link abaixo. O download também está disponível pelo iTunes e Rdio.
Baixe pelo Bandcamp! (clique ‘Buy now’ – digite $0 para baixar de graça, se quiser comprar por uns trocados, fique à vontade).
Segue o prefácio de Simplício Neto, autor de uma das canções relidas por Bonifrate.
1. Sequelagem (Bonifrate)
2. Rock da paçoca (Augusto Malbouisson)
3. Aldebaran (Simplício Neto e Fred Coelho)
4. The Last Time (Sandro Rodrigues)
5. Dissipado amor (Stan Molina e Fabiano Grassi)
Prefácio a Toca do Cosmos EP
por Simplício Neto*
Toca do cosmos é uma caverna no sertão nordestino onde os brasileiros pré-históricos desenharam as constelações visíveis dessa nossa galáxia perdida, empreendendo primitivos porém sofisticados, se não belíssimos, calendários gravados em pedra para toda a eternidade.
Esta, entre outras localidades mágicas da Ilha de Hy Brasil, paraíso celtibero e inferno afro-ameríndio, são evocadas na letra sortilégio de Alderbaran, que integra o disco Toca do Cosmos.
Esta gravação de pedra, musgo, ectoplasma e elétron, que evoca mais 3 canções sortilégio de 3 amigos compositores-cantores brasileiros, indóceis, mas gentis-homens.
Unindo generosidade e bom gosto – coisa rara! – , Pedro Bonifrate fez desse seu último disco, mais do que um ato musical puro, um ato crítico e curatorial assumido, para a sorte de todos que ainda têm ouvidos atentos e andam presos e perdidos nas trevas ofuscantes da grande rede.
Sim, todos, militem ou não no ativismo blogueiro da musica independente e inovadora, fãs ou não do casamento multi-centenário entre som e palavra no país. Até porque uma das mais belas do disco é em inglês.
O bom “trovar” para os provençais e galegos que nos antecederam era o saber bem encontrar “Motz e Sons” em matrimônio e delícia. Junte a isso as guitarras e efeitos funde-cuca pós-piscodélicos e neo-eletrônicos, mais um pedaço bem doído da alma lírica nacional, e: voilà!
Para fundar em terra caiçara sua “Motz e Sons preservation Society“, Bonifrate escolheu entre seus contemporâneos deste, e doutros estados da federação, aqueles cujos versos e melodias mais se afinam com seu trabalho único, mas nunca solitário.
Nas canções de seus comparsas de jogo e aventura, investiu o espírito de seus arranjos, harmonizações e empenhos de instrumentista inspirado e espevitado.
Agora, por culpa de Bonifrate, esses 3 bardos insanos formam junto a ele um quarteto coeso, mas que nunca toca unido. Um quarteto, se não fantástico, deveras bacana: quatro cavaleiros airosos da pós-mpb, do trans-rock, do meta-folk e do pré-apocalipse, felizmente. Pois ainda querem fazer muitas canções cintilarem antes do juízo fonográfico final, antes que as últimas luzes da psicodelia tropicaleira e trovadora se apaguem na Ilha de Hy Brazil.
O resto tá nas canções. Nunca é tarde lembrar: Ouça no volume máximo. Disco é cultura. Download é guerrilha.
Simplício Neto
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